sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Doencas da infancia

Gabriel esta com estomatite. E uma doença chatinha que no caso dele só serve mesmo para dar febre, uma vez que ele não desenvolve as terríveis aftas na boca. Ele já teve isso um monte de vezes e dizem que e uma derivação do vírus da herpes, então, tendo uma vez... quando a imunidade esta um pouco baixa ela ataca. Como ele não pode ter febre alta por causa do risco de ter convulsão, temos que ficar de olho, medicando a cada 3 horas com Allivium e Novalgina ate a febre abaixar. Passamos a noite no quarto de brinquedos que tem um sofá cama. Ele durante a noite teve febre muito alta, então tive que ficar acordando ele para dar remédio e colocar o supositório de Diazepan, que e um anti-convulsivo.
Gabriel tinha 11 meses quando teve a primeira crise. Lembro que na ultima visita ao pediatra antes da primeira convulsão, perguntei sobre o assunto e ele foi categórico: Claudia, convulsão tem quem pode, não quem quer! Como não tinha histórico na família (talvez por sorte) fiquei despreocupada (Gabriel sempre tinha febres muito altas, que Tylenol nenhum funcionava).
Então ao 11 meses, em casa, na hora do almoço, Gabriel teve sua primeira crise convulsiva. Diogo estava na mesa almoçando, e Gabi estava no cadeirão. A baba (na época eu tinha uma que me ajudava 3 vezes por semana, a Vanessa), e a empregada estavam no quarto das criancas. De repente Gabi começa a tremer, revirar os olhos, aquela cena horrível. Eu achei que ele estava se engasgando, pois estava comendo. Tirei ele rápido e... apavorei! Vanessa veio correndo. Como eu não sabia dos procedimentos fiquei com ele no colo ligando para o medico. Lembro que eu chorava um choro meio histérico, o medico, coitado não entendia nada e o quadro do Gabi só piorando pois agora ele estava babando uma espuma branca e ficando roxo. Por desespero total de minha parte, Vanessa pega ele do meu colo e sai porta a fora para a portaria do prédio, quando me dou conta saio atrás dela, vou para a garagem e vejo ela dentro do carro de uma moca ja saindo da garagem. Elas param o carro e eu entro, não sabia nem quem a moca era, mas peguei a carona.
Andressa e filha do sindico, estudante de medicina que encontrou Vanessa na portaria com o Gabi, segundo ela, Vanessa tinha acabado de fazer respiração boca a boca no Gabi... ainda bem que não vi esta cena. Depois de quase 5 horas no hospital e injecao de dipriona no bumbum, Gabi ficou melhor e eu cai doente, três dias de febre...
Depois deste episódio ainda tiveram mais dois, mas ai eu já estava preparada, e já sabia o que fazer. Porém, o que se vê não e nada bonito, ainda mais se acontece com seu filho pequeno. Os ataques foram bem seguidinhos, com uma distancia de 6 meses entra cada um. O pediatra nunca sugeriu um neurologista, foi então depois do terceiro ataque que resolvi ir a um.
Doutor Sergio Antuniuk, de Curitiba, nos recebeu repleto de sabedoria sobre o assunto, e logo foi me dizendo que convulsões repetitivas não eram boas, podem causar um futuro problema com eplipsia. Ele passou exames de cabeça e receitou o supositório de Diazepan que uso e que terei que usar ate mais ou menos quando ele tiver 6 anos. O uso do remédio não e frequente, só para os casos em que Gabi estiver com febre maior ou igual a 37.5 graus. A ultima crise ele teve perto de seu aniversario de 2 anos, ou seja, junho de 2007.
Hoje fico tranquila e dou graças a Deus por Gabriel ser super saudável, não precisando, quase nunca, usar o remédio.

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